A Resposta de Deus ao Problema da Dúvida

Dúvidas para que? Busque em Deus a respostas!

Quantas vezes nos sentimos com dúvidas do que fazer, do que falar, do que escolher… E hoje em dia temos falhado, nós cristãos temos errado, porque nesses momentos desesperados tomados pela dúvida e ansiedade, procuramos resposta por todos lados, menos para cima né! E é de cima que vem a resposta. Há momentos que estamos famintos pela palavra de Deus, com sede da água de Deus, ai começamos a procurar palavras, procurar irmãos, procurar na Internet, para ver se ouvimos a voz de Deus ou se temos uma resposta, mas muitas dessas vezes a resposta que procuramos não estará no blog, não estará naquela irmão pentecostal, e sim na sua oração, na sua busca, no seu clamor pelo nome do SENHOR.

Gente uma vez Deus me disse o seguinte:

“Você procura para todos os lados, chega achar que não estou te vendo, que não estou vendo seu problema, sua dificuldade, mas estou aqui olhando para você, esperando você chamar por mim, pedir ajudar, gritar por socorro, porque tenho saudades de você, você é minha filha, minha escolhida, porque você me procura nos lados se estou no alto, bem perto de você.

Tenho saudades de você chamar meu nome, de você gritar por socorro, de até mesmo você contar como foi seu dia, como anda sua família. Você pensa porque sei de tudo não precisa conversa comigo, e o que Eu mais quero é que você tenha intimidade comigo.

Então gente, é preciso orar mais, falar mais com Deus. Se tivesse o mesmo contato com Deus que temos com nossos amigos que ficamos na internet, Estaríamos muito mais conhecedor da vontade de Deus.

Voltando a questão da dúvida, olha o que a bíblia nos diz: Gente quando sentimos dúvida de algo, sabe o que primeira coisa que você deve fazer, dobrar seus joelhos se colocar diante de Deus. E pedir resposta do Senhor. E quando você sentir a paz do Senhor na sua decisão você coloca ela em prática. Em Colossenses 3:15 nos diz “Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações”, ou seja, às vezes você pensa que é coisa simples que você pode decidir sem orar antes, não faça isso, por que você já viu que simples atitudes sem oração podem gerar grandes problemas. Então ore antes de tomar uma decisão.

Outra coisa, Mateus 5:37 diz: Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do maligno”. 

Dúvidas e inseguranças é comum na juventude, mas com Deus elas simplesmente desaparecem. Se você está gostando de alguém pensando em namorar, ore antes. Mas não ore direcionando a tua vontade, e sim a vontade de Deus, porque você sabe que a vontade de Deus é sempre melhor do que a nossa. Outra coisa, namoro com dúvidas se é para casamento não dá né. Se você escolheu alguém para namorar é porque viu nessa pessoas qualidades que procurar no seu futuro marido ou esposa, se você está cercado de dúvidas se é essa pessoa ou não que Deus preparou para você, ore, dobre seus joelhos e peça a Deus resposta, porque Deus não é um deus de incertezas.

Ah, se você está gostando de alguém está orando para saber se Deus aprova, não “fique”, ou seja, não faça “testdrive” ou experimentar,  porque você está tratando com coração sentimentos, e você é cristão, luz, sal da terra, não tem que ter atitudes impostas pelo mundo. Por que assim você estará dando brecha para o inimigo atuar.

E depois que você fica , você acaba deixando de ouvir a voz de Deus , e às vezes até entra em um namoro sem a resposta de Deus. Ah, e não tenha medo de esperar, se for da vontade de Deus não tem tempo nem distância que separa, a vontade Deus é eficaz e se cumpre. 

Para com esse medo de perder, esse desespero, achando que a pessoa vai procurar outra se você não responder ou correr atrás, porque se a pessoa toma essa atitude é sinal de que ela não esta preparada para assumir um compromisso diante de Deus e você; por Deus nos diz na Bíblia: “Que o verdadeiro amor lança fora todo medo!”; ou seja, se é amor verdadeiro, Deus responderá e você não terá medo!

Gente para finalizar, ia escrever só cinco linhas e acabei escrevendo esse tanto.

Em Tiago 1:6 nos diz “Peça-a, porém, com fé, sem duvidar, pois aquele que dúvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento.”

Deus foi claro nesse versículo né, cadê sua fé?

Se você pediu, se você tem conciliado tua vontade com a vontade de Deus, Ele não te negará bem algum, porque Ele ouve sua oração e tem prazer em abençoar os escolhidos seus.

Mas Ele também quer ver e provar tua fé., Ele quer ver o quanto você ama Ele. E ai será que você tem demonstrado?

É tempo de mudar e crer no Deus que só nos dá certeza.

João 20:19-29

A Palavra de Deus usa da maior franqueza quando relata a vida das pessoas que passam pelas páginas do livro sagrado. Não consigna apenas os triunfos, as vi­tórias e os sucessos dos santos de Deus, mas também os seus fracassos. O que Tiago diz de Elias pode-se muito bem aplicar a muitos dos crentes que tiveram sua vida contada nas Escrituras. “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos” (Tiago 5:17). Muitas vezes achamos que os santos da Bíblia viveram num mundo completamente diferente do nosso. Pensamos que não enfrentaram os mesmos problemas, circunstâncias, decepções, angústias e far­dos que sobre nós se abatem. Mas quando examinamos sua vida mais detidamente, torna-se evidente que ti­veram os mesmos problemas que enfrentamos no dia–a-dia.                           ,

Quando chegarmos ao céu e encontrarmos os santos, vamos nos aproximar de Tomé e, com um tapinha nas costas, dizer: “Então você é o Tomé que duvidou?” Estamos tão acostumados a usar o ditado “Sou como São Tomé, preciso ver para crer”, que mesmo no céu provavelmente não vamos conseguir separá-lo daquela dúvida registrada em João 20. O relato da reação de Tomé à história da ressurreição de Cristo serve para nos esclarecer sobre os nossos próprios problemas em relação à dúvida.

Primeiro, veja o relato. Estava terminando um dia difícil e agitado. Desde a manhã, as mulheres que ti­nham ido ao túmulo levar perfume para Jesus ficaram sabendo que ele não estava mais lá, que tinha ressusci­tado. E os anjos mandaram as mulheres à cidade para contar aos discípulos que Cristo havia ressuscitado dos mortos, como ele havia dito. Os discípulos começaram, então, a ir da cidade para o jardim e de volta para a cidade, gastando o dia no exame da prova do túmulo vazio. Tiveram que ver com seus próprios olhos que o local tinha sido violado, a pedra afastada, e o túmulo onde o corpo de Jesus tinha sido depositado estava realmente vazio. Foi preciso se certificarem de que as ataduras lá deixadas eram as mesmas que haviam sido usadas para cobrir o corpo do Senhor. E à noitinha reuniram-se em segredo, de portas trancadas, pois temiam as reações dos judeus. Jesus os havia alertado e preparado contra a hostilidade do mundo e contra o ódio que os líderes religiosos iriam demonstrar por serem eles seus seguidores. Havia dito mais: O ódio que o mundo dedicava a ele, Jesus, continuaria sendo transferido para seus discípulos (João 15:16), O medo estava realmente presente entre eles. Estavam se comportando como covardes, escondidos por trás de portas trancadas. Mas, de repente, a presença do medo foi substituída pela presença maravilhosa do Se­nhor Jesus Cristo: “Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos, com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco” (João 20:19).

É comum lermos referências de que Jesus passou por portas fechadas. Mas reparem que as Escrituras não esclarecem como Jesus entrava: simplesmente aparecia diante deles. Seu corpo ressurreto e glorifícado não estava limitado por tempo nem por espaço; por isso, podia aparecer em seu meio. As Escrituras não se dão ao trabalho de explicar como ele chegava, só registram o fato de que chegava. Seu primeiro ato, ao chegar, foi abençoar os discípulos: “Paz seja con­vosco.” A bênção soou familiar, porque já a tinham ouvido antes. Por ocasião da ceia, pouco antes de sua morte, Cristo lhes havia prometido a sua paz: “Deixo–vos a paz, a minha pás vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo [porque o mundo só pode dar o medo]. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27). Os discípulos ainda guardavam a lembrança da tempestade no mar, quando Jesus, caminhando sobre as águas, havia dito apenas uma palavra: “paz”, e a tranquilidade voltou à cena. A tormenta sobre o mar havia se acalmado, e agora a tormenta por que seus corações passavam também tinha cessado, porque Jesus Cristo tinha chegado e os abençoava. Essa bê­nção foi a primeira prova que os discípulos tiveram de que aquele homem era o mesmo que havia andado com eles por mais de três anos. Essa foi a primeira palavra que muitos deles ouviram depois da ressurreição; e era uma palavra de conforto, de bênção e de consolação. Quando Cristo a pronunciou, imediatamente eles o re­conheceram.

Primeiro, reparem que Cristo se identificou mos­trando as mãos e o lado: “E, dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e o lado” (João 20:20). Primeiro, foi reconhe­cido pela voz que anunciou paz e trouxe bênção. Se­gundo, foi identificado por aqueles sinais externos que os discípulos já tinham contemplado anteriormente — suas mãos feridas pêlos pregos, e seu corpo trespas­sado pela lança do soldado romano. Essas marcas deram certeza de que ele não era outra pessoa, nem tampouco Cristo estava se apresentando em outro corpo, mas que era verdadeiramente o Cristo ressur­reto presente no meio deles. É bem significativo que Deus tenha considerado adequado deixar no corpo res­surreto de Cristo as marcas dos cravos e da lança.

Creio, firmemente, que estas são as únicas cicatrizes que serão mantidas na glória. Mesmo que o Senhor faça desaparecer todas as marcas e sinais de maldição que carregamos em nosso corpo, foi de sua vontade manter no corpo glorioso de Jesus Cristo as marcas dos cravos em suas mãos e pés e a cicatriz da lança no seu lado, de modo que todas as vezes que o contem­plarmos na glória, essas feridas nos lembrarão como chegamos à casa do Pai.

Terceiro, Cristo foi identificado por uma manifesta­ção da sua autoridade: “Assim como o Pai me enviou, eu também os envio” (João 20:21). Deus tinha enviado seu Filho para que ele pudesse revelar o Pai àqueles que se achavam na ignorância e nas trevas. E agora, o Filho por sua vez estava enviando os discípulos a ho­mens que estavam em trevas e ignorância, para levar a eles a luz do evangelho. “E havendo dito isto, soprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (v. 22). Jesus havia prometido que, quando subisse ao Pai, pediria ao Pai que desse um dom a eles, o dom do Espírito. Como uma espécie de antecipação da descida do Espírito no dia de Pentecoste, eles estavam rece­bendo prova do dom que seria dada ao mundo inteiro. “Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoa­dos; se lhos retiverdes, são retidos” (v. 23).

Quando Cristo curou o paralítico, disse-lhe: “Filho, teus pecados estão perdoados” (Marcos 2:5) e perce­beu, imediatamente, que os líderes religiosos contes­tavam suas palavras e arrozoavam que só Deus pode perdoar pecados. Reconhecendo que isto era verdade, Cristo disse que, a fim de saberem que o Filho do Homem tinha poder na terra de perdoar pecados, or­denou ao paralítico: “Levanta-te e anda” e realizou o milagre da cura do seu corpo.

Naquela sala, com as portas trancadas, ele, que podia perdoar os pecados dos homens, deu autoridade aos discípulos para fazer um pronunciamento judicial de que aqueles que o aceitassem e recebessem dele vida, teriam seus pecados perdoados, mas aqueles que rejeitassem esse testemunho e rejeitassem Cristo como Salvador pessoal continuariam sob condenação. ^) poder de perdoar pecados cabia ao Filho de Deus, mas os seus representantes podiam anuncair sua men­sagem e garantir aos homens que eles tinham sido sal­vos pela fé nele>Perante os dez, Jesus Cristo se iden­tificou por sua voz ao abençoá-los, por seu corpo que mostrava as cicatrizes dos ferimentos feitos na cruz, e finalmente porque conferiu a eles autoridade para serem seus representantes, agindo como testemunhas perante os homens.

Tomé, um dos discípulos, não estava presente na ocasião. A Bíblia não explica a razão de sua ausência, não diz onde estava escondido, nem por que motivo não procurava consolo e segurança contra os judeus junto aos companheiros. Diz apenas que não estava lá, e que quando chegou, ouviu as boas novas de que Jesus tinha aparecido e estabelecido comunhão com eles. “Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não es­tava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor” (João 20:24, 25a). Deve ter havido uma confusão de vozes, cada um tentando falar mais alto do que os outros, dizendo que o Senhor tinha ressuscitado dentre os mortos, tinha estado ali, naquela mesma sala, conversado com eles e os abençoado. Imagino que Pedro levantou sua voz de baixo profundo e exclamou: “O Senhor veio!” João, possivelmente com voz de tenor, tentava fazer sobres­sair suas próprias palavras: “Tomé, o Senhor voltou e nós o vimos.” E todos os outros juntavam suas pala­vras àquele coro, de modo que Tomé devia estar olhando em volta, surpreso e perplexo. Eles tinham imaginado que sua reação seria de louvor e agradeci­mento, como a deles. Mas em vez de regozijo encon­traram uma muralha de dúvida. Pense bem: dez tes­temunhas fidedignas, todas tendo visto a mesma coisa, ouvido as mesmas palavras, fazem um relatório idên­tico da situação — e assim mesmo seu testemunho não é aceito. Você pode imaginar um advogado com um caso melhor do que este? Dez testemunhas deram um testemunho que concordava em todas as minúcias. Se um advogado tivesse um caso tão bom como este, era até capaz de mudar um pouquinho algumas das decla­rações, para não parecer que tinha havido acordo entre as testemunhas. No entanto, a resposta de Tomé a novas tão maravilhosas foi: “Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o meu dedo, e não puser a minha mão no seu lado, de modo algum acreditarei” (v. 25b).

“Não acreditarei.” Tomé estava dizendo que não podia aceitar e não aceitaria mesmo, o testemunho apresentado, porque sua mente e seus sentidos repre­sentavam uma autoridade maior do que o idêntico re­lato de todos os dez discípulos. Confiava mais na sua razão do que no relatório dos dez.

A dúvida de Tomé surgiu, antes de mais nada, ape­sar do testemunho e da evidência dessas testemunhas. Não é que o fato fosse insustentável. Ele escolheu vo­luntária e deliberadamente descrer do testemunho deles. A dúvida tem de começar coro a rejeição vo­luntária da evidência apresentada. Quando Deus faz uma afirmação e alguém responde com dúvida e des­crença, é como se estivesse na verdade deparando: “Não creio no que Deus diz. Não aceito o testemunho ou a evidência vindos dele.” Se Deus registrou sua promessa em sua Palavra, e um homem se recusa a crer nela, ele tem de dizer: “Prefiro não aceitar a evi­dência que vem de uma testemunha fidedigna.” Tomé desprezou a palavra de dez homens que tinham pre­senciado o acontecimento.

Segundo, a dúvida de Tomé provinha da ignorância. É evidente que ele não se lembrava da afirmação de Jesus de que se levantaria de entre os mortos. Não conhecia o plano de Jesus, de se apresentar em Jeru­salém, aí morrer, ser sepultado e, no terceiro dia, res­suscitar dos mortos. Devido à sua ignorância da Pala­vra de Deus, Tomé disse: “Não creio que o que vocês disseram possa ter realmente acontecido.” Se tivesse retido as palavras de Jesus em sua mente, o testemu­nho dos dez discípulos seria concordante com elas e sua reação seria: “Sim, foi isso mesmo que ele falou que ia acontecer.” Mas por causa de sua falta de conheci­mento da Palavra de Deus e da promessa de Cristo, preferiu não acreditar.

Tomé ignorava, também, o poder de Deus, pois não sabia nada sobre a ressurreição dos mortos. Ele tinha visto a restauração de vida — o filho da viúva, a filha de Jairo, Lázaro — mas todos esses foram restaurados para morrer novamente. Mas agora Jesus Cristo tinha aparecido de tal maneira que se tornava evidente que não se tratava de uma restauração. Os discípulos devem ter notado a diferença por causa do corpo glori­ficado de Cristo, já que em nenhuma parte da Bíblia há registro de ele ter aparecido repentinamente diante deles em qualquer tempo antes da ressurreição. Na mente de Tomé simplesmente não havia lugar para aquele corpo ressurreto, glorificado, que eles estavam descrevendo; ele não estava familiarizado com o poder de Deus que pôde levantar seu Filho de entre os mor­tos e dar-lhe um novo e glorioso corpo.

Muitas de nossas dúvidas têm origem nos mesmos problemas que Tomé enfrentou. Temos dúvidas por­que não conhecemos a Bíblia, que nos oferece as pro­messas de Deus e descreve seu plano. Porque desco­nhecemos sua palavra, uma coisa pode parecer-nos irrazoável e porque, avaliada dentro de nossa própria capacidade, ela assim nos parece, concluímos que não pode ser verdadeira, e preferimos não crer. Também somos ignorantes do poder de Deus. Avaliando tudo em termos do que nós faríamos em determinada situa­ção, concluímos que Deus agirá como nós, nas mesmas circunstâncias. Um exemplo disso é quando uma pes­soa duvida de sua salvação e diz: “Não posso acreditar que eu tenha sido salvo eternamente.”

Crentes novos muitas vezes duvidam de sua salva­ção. Há vários anos, um homem procurou-me no gabi­nete pastoral, e eu tive a alegria de levá-lo a Cristo através da Palavra de Deus. Sem que eu tivesse suge­rido, ele caiu de joelhos e derramou seu coração diante de Deus, dizendo que aceitava Jesus Cristo como Sal­vador. Quando saiu do escritório, estava radiante de felicidade. No dia seguinte, telefonou-me dizendo: “Não sei se estou mesmo salvo.” E então me contou alguma coisa que havia feito. De acordo com a Palavra de Deus, seu procedimento tinha sido errado, e como tinha pecado logo depois de aceitar Cristo, não podia conceber o fato de ainda estar salvo. Ainda pelo tele­fone, li uma série de versículos esclarecedores, e isso o satisfez — pelo menos até o dia seguinte, quando ligou novamente e disse: “Não consigo me sentir salvo.” E então fez esta observação reveladora: “Se eu fosse Deus, e alguém declarasse ser meu filho, e fizesse o que eu fiz, garanto que o expulsaria. “Em outras pala­vras: “Se eu fosse Deus, era assim que eu agiria.” Estava tentando colocar Deus dentro do seu próprio nível, dizendo: “Como é isso que eu faria se fosse Deus, Deus deve fazer o que eu faria,, se eu fosse Deus.” Depois de dez dias de telefonemas, eu disse: “Isso não é assunto que se resolva por telefone. Vamos nos en­contrar pessoalmente.” E ele voltou ao meu escritório. Logo de entrada, indaguei:

— Bem, como vão as coisas?

— Não consigo me sentir salvo — respondeu.

— Você é casado? — perguntei. Sabia que era.

— Claro que sou.

— Você sempre se sente casado? — perguntei. Co­meçou a preparar uma resposta, mas então percebeu que eu falava sério. Começou a entender onde eu que­ria chegar, e disse:

— Não faz diferença alguma eu me sentir casado ou não. Eu sou casado, quer sinta ou não.

— Você já pensou alguma vez que quer você se sinta salvo ou não, isso não tem influência na sua salvação? — perguntei.

— Não tem?

— Não. Você tem sido perseguido por dúvidas sobre a sua salvação porque ignora a Palavra de Deus e o seu poder. A Palavra diz: “Quem tem o Filho, tem a vida.” A vida que ele deu a você é eterna, mas você não sabia disso. A dúvida toma conta porque você desconhece o poder de Deus, porque acha que ele é incapaz de guar­dar o seu depósito até aquele dia.

Conversamos ainda algum tempo e ele nunca mais telefonou.

As palavras daquele homem foram: “Se eu fosse Deus, faria isso ou aquilo.” E esta foi também a atitude de Tomé. Ele pensou que se fosse Deus não teria sido aquela a sua maneira de agir. Por causa da sua igno­rância, enquadrou Deus dentro de sua própria limita­ção. E se Deus não é maior do que você, não admira que você viva sempre cheio de dúvidas.

Note outra coisa a respeito de Tomé. Ele não apenas duvidou, apesar do testemunho oferecido e por causa de sua ignorância, mas também declarou que só acre­ditaria em seus próprios sentidos. “Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos e ali não puser o meu dedo, e não puser a minha mão no seu lado, de modo algum acreditarei” (João 20:25). Para Tomé, a ressur­reição era irracional; ele queria uma certeza racional, uma evidência que ele próprio pudesse tocar, sentir, ver, medir e determinar. Por quê? Porque para ele, sua mente era a maior autoridade. E esta é a razão das , dúvidas. A fé confia na palavra de quem está fazendo uma promessa ou uma declaração; mas a dúvida diz: “Não vou crer em ninguém, senão em mim.” O que eu não puder submeter ao teste dos sentidos não vou acreditar. De modo que Tomé queria reduzir tudo ao seu nível de racionalidade: aquilo que fosse capaz de satisfazê-lo, ele aceitaria e nada mais. Essa posição toma impossível qualquer coisa que vá além da capaci­dade finita do homem.

Os jovens enfrentam constantemente esse problema quando se assentam diante de professores ilustres. Esses instrutores estudaram muito, até se tomarem especialistas em uma porção de diferentes setores. De sua posição privilegiada, dão aos alunos uma série de opiniões. Dizem, por exemplo, que a Bíblia de maneira alguma pode ser a Palavra inspirada de Deus, sem erro de capa a capa. Dizem que a terra evoluiu e não foi criação de Deus. Que é totalmente impossível que Jesus tenha nascido de uma virgem. Que a ressurrei­ção de Cristo é um mito; e que é impossível ser salvo apenas por confiar numa pessoa. E por que dizem isso? Não porque sejam tolos, mas porque crêem apenas em seu próprio intelecto, e não podem aceitar nada além daquilo que são capazes de demonstrar. São exatamente como Tomé. O que podem ver, tocar, manusear, provar, cheirar, pesar, isso aceitam. Mais nada. Essa foi a atitude de Tomé. O conhecimento dos homens enche nossas bibliotecas, manda os homens à lua, cons­trói computadores que realizam nosso trabalho, ex­plora os mistérios do corpo e da mente, no campo da medicina. Impressionados com a capacidade dos ho­mens de pensar, descobrir, planejar, inventar e ino­var, concluímos que sua mente é ilimitada. Mas Deus diz que a mente humana não é bastante grande para compreender e conhecer as coisas de Deus: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente” (ICorintios 2:14). Quando um incrédulo aceita apenas o que pode entender ou o que considera lógico, está automatica­mente eliminando qualquer possibilidade de com­preender a Deus e tudo que concerne a. ele, porque isso está fora de sua esfera de aceitação. Foi o que aconte­ceu com Tomé. Ele aceitaria o que visse e tocasse, nada mais. Não aceitaria o testemunho dos que tinham visto a Cristo, recebido sua bênção e o uso do seu poder, o poder do Espírito Santo.

Um incrédulo será sempre controlado pela dúvida. Não espere que ele creia. Ele não pode fazer isso. Será sempre um cético, guiado por suas dúvidas, porque, para ele, não há autoridade maior do que sua própria mente. Mas um crente também pode pensar e agir do mesmo modo que um incrédulo. Quando um crente rejeita um testemunho bíblico e a evidência na vida dos que confiaram em Deus, dizendo que só pode crer no que vê ou no que lhe parece razoável ou racional, está agindo exatamente como um incrédulo. Não há dúvida que Tomé era um homem salvo. Tinha tido comunhão com Jesus por três anos. Mas estava agindo como in­crédulo. Suas dúvidas surgiram porque acreditou em sua própria mente, em vez de aceitar a promessa da Palavra de Deus.

Por que é que os filhos de Deus têm dúvidas? Acho que duvidamos pelas mesmíssimas razões que levaram Tomé a duvidar. Ignoramos a revelação de Deus. A luz faz desaparecer as trevas, se permitirmos que ela bri­lhe, mas onde ela não brilha as trevas prevalecem. Muitos de nós vivemos em dúvida em consequência de nossa ignorância da Bíblia — conhecemos muito pouco do poder de Deus nela revelado. Então concluí­mos que há coisas que Deus simplesmente não pode fazer. E aí, quando nos defrontamos com uma situação quase insolúvel, nossa mente nos informa de que não há mesmo saída para ela. Começamos a duvidar do • amor de Deus, de sua sabedoria, de seu plano e de sua direção; e não recorremos à Bíblia para lermos pro­messas como esta: “Tudo posso naquele que me forta­lece” (Filipenses 4:13). Então as dúvidas penetram e tomam conta, porque concluímos que não há solução.

Quando confiamos em nossa mente e dizemos que só acreditamos no que nos parece razoável, já nos torna­mos, na verdade, ateus praticantes. Como Tomé quando se recusou a crer nos discípulos. Um crente pode agir como um ateu? Pode. Em quê Tomé foi dife­rente de um ateu? Este examina seu tubo de ensaio e diz: “Só aceito o que posso ver, pesar, medir e provar matematicamente.” E como não é possível colocar Deus no tubo de ensaio, ele conclui que Deus não existe. Não nos surpreende em nada a atitude do as­tronauta russo que, olhando para o espaço através da janela de sua astronave, disse: “Não vi Deus em parte alguma” e concluiu que Deus não existia. Claro estava confiando em sua própria mente. Cuidado que você também não se torne um ateu prático, que» confia em seu próprio intelecto. Cuidado para não reduzir Deus às dimensões mínimas de sua inteligência humana, como Tomé fez ao dizer: “Não creio.”

Mas felizmente a história de Tomé não acaba aqui. Durante uma semana ele continua em dúvida e angús­tia, causadas por seu ateísmo prático. Foi quando Jesus apareceu novamente aos discípulos. Eu fico ma­ravilhado com o controle de Jesus e entusiasmado com a sua graça. Era de se esperar que ele não aparecesse a Tomé, como havia feito com os outros discípulos na semana anterior, mostrando-lhe as mãos e o lado, para satisfazer as exigências que Tomé havia imposto para poder crer. Mas nosso Senhor fez tudo isso; e aqui está a maravilha da sua graça: nenhuma repreensão, ne­nhuma censura, nenhum castigo pela incredulidade, nenhum ensinamento teológico sobre a fé. O Senhor simplesmente se apresentou a ele. Quando Tomé o viu, caiu diante dele e disse: “Meu Senhor e meu Deus!”

Então Cristo ofereceu a Tomé o privilégio de fazer aquilo que ele achava ser necessário para crer. Disse-lhe que podia tocar em suas mãos e em seu corpo, onde havia as marcas dos pregos e da lança. Mas a Bíblia não diz se Tomé fez isso. Bastou-lhe um simples olhar para Cristo e todas as suas dúvidas desaparece­ram; agora ele já não confiava mais em sua própria sabedoria, e duas coisas se tornaram claras. Primeiro, j quando disse “Meu Senhor”, o que significa “Tu és aquele que tem direito à nossa obediência”. Então, ele disse: “Meu Deus”, ou “Tu mereces que creiamos em ti l e confiemos em ti”. Ao dizer: “Meu Senhor e meu Deus” Tomé dava expressão à mesma fé que ele havia rejeitado na semana anterior, quando os dez discípulos ‘ lhe deram as boas novas: “Vimos o Senhor.”

Qual foi o fator capaz de transformar Tomé de um ateu prático em alguém que olhou o rosto de Cristo e exclamou: “Meu Senhor e meu Deus”? A presença íntima e pessoal de Cristo. Quando a dúvida se instala ia mente — e a dúvida está sempre na mente, não no coração ou na vontade, mas na mente — ela encon­tra guarida primeiro de tudo, porque você está con­fiando em sua própria sabedoria e intelecto e está satisfeito porque se considera a suprema autoridade para julgar o que é certo e o que é errado, o que deve crer e o que dever rejeitar. Martinho Lutero disse certa vez que não podemos impedir os pássaros de voarem sobre nossa cabeça, mas podemos evitar que façam ninhos em nossos cabelos. Você não pode evitar que a dúvida ataque sua mente, porém ela não deve passar daí, para que a luz da Palavra de Deus possa dissipá-la. Se você insistir em conservá-la e alimentá-la, ela crescerá cada vez mais. Mas se você levá-la à presença de Cristo, entregá-la à sua pessoa, então ela se dissipará e Deus se revelará através de seu Filho, como aquele em que podemos crer e confiar. A sua luz fará desaparecer a escuridão da dúvida. Quando a nossa mente se sujeita à mente de Cristo e à verdade da Bíblia, atingimos uma comunhão pessoal e íntima com nosso Senhor Jesus Cristo. As dúvidas devem desaparecer como de­saparecem as trevas diante da luz. E que Cristo nos liberte da dúvida, quando confessamos que ele é nosso Senhor e nosso Deus.